sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Candy (Candy) - Neil Armfield, AUS, 2006.

Este é um filme que esperei ansiosamente para assisti-lo. Não porque achasse que era um puta filme, e tal. A curiosidade era tal por causa de "Réquiem para um Sonho" do Darren Aronofsky, outro filme a tratar do tema "drogas entre um casal apaixonado".
E como "Réquiem" é um dos maiores filmes sobre o tema (se não for o maior e melhor), a minha intenção com este Candy era saber até que ponto o filme não seria tão ruim assim.
Assisti-lo pensando em "Réquiem" torna Candy um filme decepcionante.
Mas, ao tirar o "véu de noiva" (ignorância) teorizado pelo filósofo norte-americano John Rawls de minha frente, pude assistir a um belo e envolvente filme sobre as fragilidades humanas.
É claro que Candy não chega a ser uma obra-prima. Mas é sincero e, nesta sinceridade, nos conquista.
Candyce é uma jovem pintora filha única de uma família classe média estabilizada. Candy conhece Dan, um jovem atraente e viciado em drogas que a apresenta aos prazeres químicos.
Eles se amam e juntos vivem todas a agruras da vida em comum. E a essa "vida em comum" soma-se o vício e os seus transtornos.
O filme não é nem pretende ser uma obra inesquecível. Mas convence. Principalmente a química entre Candy (Abbie Cornish) e Dan (Heath Ledger). Ambos combinam muito em cena. E aí, infelizmente, voltei a lembrar de "Réquiem" e da química entre Jennifer Connelly e Jared Leto, incríveis. E, então, o "véu de noiva" de John Rawl se impôs novamente em mim.
O filme acabou e pouca coisa ficou.
Mas valeu a pena. Por breves instantes, mas inesquecíveis instantes.

2 comentários:

Wanderley Teixeira disse...

A comparação com Requiem é inerente e realmente sai perdendo.A relação dos protagonistas em nada me encantou,me parece mais do mesmo,repetitivo e sem efeito algum.

jamagonça disse...

Eu gostei da química dos dois, Waderley. A menina, confesse que não conhecia. Mas o Heath tem estado cada vez melhor. Ponto para ele.