segunda-feira, 28 de maio de 2007

País de merda

PÁ DE CAL
(LuizNassif)


Estão destruindo o país. Setenta anos de industrialização estão sendo jogados pelo esgoto. O processo de substituição da produção local por importados está ganhando velocidade de cruzeiro. Um número cada vez maior de setores e de empresas estão parando de produzir, importam da China, Vietnã, Coréia e vendem como se fosse produção própria.

Esse truque esconde a queda de produção doméstica. Essas pesquisas otimistas que aparecem de vez em quando captam apenas o resultado final da empresa. Não captam o que está acontecendo na cadeia produtiva. A cada dia diminui o componente de valor agregado desses produtos – isto é, do que cada empresa acrescenta ao produto.

Isso significa menos emprego hoje. Significará menos emprego amanhã. Significará abdicar de qualquer veleidade de inovação, de agregação de valor, de melhoria na qualidade da mão de obra. É a pá de cal nos sonhos de várias gerações de que poderíamos criar uma nação rica e justa. É um processo infernal , em que se aliam o mercado esperto e uma opinião pública que despreza qualquer forma de trabalho produtivo.

Acompanhei durante anos esse processo de construção de arranjos produtivos, a maneira como vários setores formados por pequenas e médias empresas foram crescendo, se modernizando, os que desapareceram com as loucuras de Gustavo Franco e os que resistiram e reiniciaram a dura caminhada da reconstrução.

Foi um amplo esforço nacional para conseguir driblar o ambiente irrespirável, concentrador de riqueza, fulminador de trabalhos e empregos. Está tudo rodando.


Via Catarro Verde: http://www.catarro.blogspot.com/






discografias e coisas afins

Lá no BrasilMídia hoje tem várias discografias para baixar: vai de Chico Buarque a Guilherme Arantes, passando por Fagner, Marillion a New Order e uma série de vídeos de Metallica, Bush, Creed, etc, etc, etc.
Vale a pena conferir.

http://brmidia.blogspot.com/

QOTSA Era Vulgaris

Repostagem do link do novo album do Queen Of The Stone Age. Cortesia do blog Discon en el Baul (http://vidabauldiscos.blogspot.com). Para pegar é só baixar no link. Ou então, dá um pulo no blog indicado. Altamente recomendável.

eravulgaris


Tem lá no 10:1 também:

http://www.diezauno.blogspot.com/

E no bolacha grátis:

http://bolachasgratis.blogspot.com/

É só escolher.







quarta-feira, 23 de maio de 2007

The Smashing Pumpkins

O novo The Smashing Pumpkins já está de volta. O retorno foi ontem, no Grand Rex em Paris, com um show de 3 horas e 6 músicas novas que estarão no album Zeitgeist, a sair em 07/07/2007, mas que esperamos, vaze logo, a exemplo da música Tarantula, na net desde a semana passada.
Mais informações no http://blogsonora.blogspot.com/



sexta-feira, 18 de maio de 2007

Os melhores indies de 2007

Vale a pena dar uma bisbilhotada no blog indicado aí embaixo. É uma lista com os 100 melhores discos indies deste ano, na opinião do Pedro Damian, com links para pegar os albuns. Tem muita coisa boa lá.

MIchael Haneke

Ótimo comentário no blog amigo "A vida é cheia de som e fúria" sobre Michael Haneke, o cineasta francês da intolerância.
Dá um pulo lá para ler um comentário rápido e rasteiro mas que acerta em cheio sobre o cineasta francês.

http://avidaecheiadesomedefuria.blogspot.com

A lula e a baleia

Muito bom esse "A lula e a baleia" de Noah Baumbach. Sabel aqueles filmões bons do Todd Solondz? Pois é, esse é melhor. Mais delicado. Os adolescentes do filme, Frank e Walt são encantadores. Olha, não tem muito o que falar, não, só assistindo mesmo. Garanto que é uma grande experiência.


Vazou!!!

Vazou o novo do Art Brut "It's A Bit Complicated".
Pega lá:

artbrut

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Família Friedman

Assisti também a este "Na captura dos Friedmans" que já é tido como cult. O documentário é muito bom e explora profundamente os acontecimentos pedófilos com esta "típica" família norte-americana. Os vídeos de quando os filhos eram crianças, sobrepostos aos próprios acontecimentos infames provocados pelo pai e pelo filho mais novo dá um nó no estômago. Como uma família tão amável, com filhos tão lindos poderia provocar tamanha porcaria. Um dos motes do filme é deixar a dúvida se os fatos realmente aconteceram ou foi uma histeria coletiva provocada pela polícia local. Olha só, não que a minha opinião valha alguma coisa, mas tenho para mim que tudo aquilo aconteceu sim, apesar de alguns fatos mostrarem o contrário. É um filme (documentário) que vale a pena. Obrigatório.

Volver

E como o assunto é a volta...Não, não a minha. Nem a do Almodóvar, porque este está sempre em evidência. A volta aqui é a da Penélope Cruz. Volta às raízes. No último do Almodóvar, ela está ótima no papel de espanhola sensual. Por favor, Penélope, repense essa mania de fazer cinema norte-americano. Eu sei que dá dinheiro, mas a nós, fãs do bom cinema, não dá prazer, não. Você é esplendorosa, mas como espanhola e nas mãos do Almodóvar.
Volver é muito bom filme, mesmo quando o Almodóvar desloca a maioria dos acontecimentos da "película" de sua Madri de sempre, para um vilarejo interiorano. Um filme muito bom de assistir, com Almodóvar e Penélope em boa forma. E viva os latinos!!!

Volta

Não é a da Bjork, não, é a minha mesmo. Depois de quase uma semana, vou tentar manter este blog atualizado, muuuuiiito trabalho e pouco dinheiro, vida de brasileiro é assim mesmo. Se é que alguém lê este blog, por favor, deixe comentários.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Site para agora!!!

Esse site é para ser acessado agora, imediatamente. É o Projeto de Democratização da Leitura, e lá a gente acha quase de tudo, os maiores livros, os maiores autores...É só se cadastrar e baixar a obra que quiser. E não é que queremos dissolver os direitos autorais, mas em tempos de crise, viva a internet!!!

http://www.portaldetonando.com.br/forumnovo/portal.php





Polysics

Eles são japoneses e fazem um som j-pop, j-rock, noise, metal, póst-punk, new wave e synth pop. Já são velhos de estrada (10 anos), mas muito atuais.
Abaixo vai o link do último álbum, Karate House, gentilmente fornecido por polaroid rainbow.

polysicskaratehouse




quinta-feira, 10 de maio de 2007

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O post-punk hoje

Comumente relacionado com o indie rock dos anos 80, o post-punk foi bem mais do que isso. Surgido após o massacre sonoro e de comportamento do punk, desencadeado principalmente na revolução de 1977 com Sex Pistols na Inglaterra e Ramones nos EUA, tal vertente bebeu na fonte do "do it yourself", mas se superou ao apresentar ao mundo um som que, embora ainda fortemente contestador, já era mais elaborado musicalmente.
Assim, aquilo que poderia parecer tudo que veio depois do punk, hoje tem uma definição mais clara.
A semente do "movimento" foi plantada por dois punks típicos. Na virada do ano de 77 para 78, duas bandas começaram a implementar a idéia de sons mais elaborados, o Public Image Ltd., comandado pelo ex-vocalista do Sex Pistols, John Lydon, vulgo Johnny Rotten e Magazine, do também ex- vocalista de banda punk, do Buzzcocks, Howard Devoto.

O post-punk, basicamente deu origem a duas vertentes, uma mais sombria, orientada por sintetizadores, e que mais tarde impulsionaria o movimento gótico, e uma mais dançante.
O próprio post-punk sofreu forte influência não só do punk (de onde trouxe a contestação e ironia) mas de bandas e artistas que há muito já praticavam uma inovação.
Assim é que esse post-punk original praticado por Public Image Ltd. e Magazine bebeu na fonte do rock mais dançante de Roxy Music, no glam rock de David Bowie (e de sua trilogia alemã: Low, Heroes e Lodger), na crueza sonora de Velvet Underground e The Stoges e no minimalismo neo-dadaísta e eletrônico do krautrock alemão.


Além desses dois sons, o post-punk também ficou marcado pela distorção e microfonia dos shoegazer (assunto para um outro post).
Assim, influenciados por uma miscelânea musical e de comportamento, as duas vertentes, sombria e dançante começaram a se destacar.
De um lado, os primeiros, Joy Division e The Cure, e depois alguns mais como Echo and The Bunnymen, The Smiths e Bauhaus (este último já fortemente mostrando sua veia gótica).

De outro lado, na vertente mais dançante, Gang of Four, Pere Ubu, mais tarde Blondie e Talking Heads.


Entre as duas vertentes, um post-punk mais "punk", ops, com Siouxsie and the Banshees e Violent Femmes.
Derivados desse caldeirão sonoro, e mais tardiamente, os shoegazers Lush, My Bloody Valentine, Ride, Slowdive, Catherine Wheel e tantos mais.

Toda essa historinha aí acima é só para contar que o post-punk, em sua essência sombria e dançante, ainda existe. E renovado.

Bandas, principalmente européias, têm se destacado por trazer à tona, vinte anos depois, tanto a a melancolia quanto verve dançante característica daquele início de anos 80.
De um lado, Franz Ferdnand, Bloc Party, The Rapture, The Liars e LCD SoundSystem têm ensinado como dançar com um pé nos anos 80.


E, por sua vez, Interpol, Editors, She Wants Revenge, The Rosebuds, The Mary Onettes, Hearts of Black Science, Cut City, Voxtrot, The Cinematics e The Order perfazem um som melancólico e dilacerante, ensinado, principalmente, pelo eterno Joy Division.



terça-feira, 8 de maio de 2007

Petardo

Agora, este sim é para ser visto de joelhos, agradecendo pela sinceridade dos japoneses. Não espere nenhuma inovação cinematrografica, não. Batalha Real, de Kinji Fujiwara, é cinemão japonês, com todos os seus cacoetes, falhas e excentricidades. Mas é muito honesto, visceral e emocionalmente denso.
Imaginem um Japão em crise, com mais de 10 milhões de desempregados, onde os jovens começam a se rebelar diante do status atual? Resolução para o problema? A criação de um jogo, chamado Batalha Real, realizado anualmente, onde uma classe secundarista inteira é colocada em uma ilha deserta e o jovem vencedor é aquele que conseguir sobreviver, pois o jogo basicamente consiste em matar, matar, matar. Controle demográfico total!!!!

Darren Aronofsky

Encerrando a Trilogia dos Falsos Deuses, Darren Aronofsky cometeu este seu terceiro filme polêmico, Fonte da Vida. Assisti neste final de semana e tenho somente uma palavra para descrevê-lo: DECEPCIONANTE.
Tipo de filme para poucos, muito poucos. O argumento sobre neuro-ciência é bom, mas o filme em si é confuso e pretensioso. Acho que foi o efeito de fazê-lo, inicialmente, sob a égide de um grande estúdio. Apesar disso, Darren, que não é bobo nem nada, acabou produzindo o filme de maneira independente, mas com muito mais dinheiro do que o cinema independente precisa. O resultado estta aí.
O filme, para quem tem paciência, vale pelas imagens exuberantes e pela atuação de Hugh Jackman, fabuloso.
Lembrem, o filme não é ruim, do contrário, é bom, porém decepcionante para um diretor da estirpe de Darren. Esperemos seus próximos trabalhos.
Ha!!! Ia me esquecendo. A Rachel Weisz? Fraquinha, fraquinha.

Ídolo

Para aqueles que há muito não vêem meu ídolo maior, eis aqui o insuperável Jerry Lewis antes e atualmente.
Acho que já está na hora da Academia reconhecer sua genialidade e não esperar para fazer uma homenagem póstuma, como é de costume.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Link perdido

Me desculpem pessoal, mas perdi o link do novo album do Queen Of The Stone Age. Estou tentando resgatá-lo. Em breve estará aqui novamente.