sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Sexta-feira é dia de ... Elisabeth Shue


Nascida Elisabeth Judson Shue em 06 de outubro de 1963, na cidade de Wilmington, Delaware, USA, esta suburbana começou a carreira bem cedo, atuando em comerciais de TV para levantar uns trocados. Em 1984 surgiu a chance no cinema: atuou ao lado de Ralph Macchio em "Karatê Kid".
Também em 1984 participou de três episódios do seriado "Call To Glory" na Paramount Television.
Em 1987 veio um papel que marcou bem a minha infância: a baba Chris Parker em "Adventures in Babysitting".
Estrelou também a franquia bem sucedida de Robert Zemeckis "De Volta para o Futuro" nos segundo (1989) e terceiro filmes (1990), ao lado de outro astro da época, o ator Michael J. Fox.
Antes disso, porém, atuou com Tom Cruise em Cocktail no ano de 1988.
Seu grande momento aconteceu em 1996 quando foi indicada para o Oscar de Melhor Atriz pela atuação como a prostitua Sera em "Despedida em Las Vegas", filme que fez em 1995 ao lado de Nicolas Cage, com trilha sonora de Sting. Por este filme, Nicolas Cage levou a estatueta de Melhor Ator, além do Globo de Ouro. Elisabeth, infelizmente, não.
De 1984, quando começou, até hoje, Elisabeth já atuou em aproximadamente 35 filmes, trabalhando com atores e diretores consagrados, entre eles, Woody Allen em "Deconstructing Harry", em 1997.
Atualmente pode ser vista em "First Born" e "Gracie".
Hã, ja ia me esquecendo, além de tudo isso que fez como atriz, ainda lhe sobrou tempo para estudar Ciências Políticas em Harvard.
Grande abraço a todos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Notícia quente!

Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos

Os organizadores Otavio Almeida (Hollywoodiano), Kamila Azevedo (Cinéfila Por Natureza) e Vinícius Pereira (Blog do Vinicius) convidam todos os fãs da sétima arte e seus respectivos blogs de cinema (e TV) a entrar para a Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos (SBBC).


A iniciativa surge com a proposta de unificar e organizar os blogs de cinema e TV. A SBBC não deixa de ser mais um passo rumo ao respeito e reconhecimento dos blogs como veículos de comunicação feitos por competentes formadores de opinião. A grande diferença dos membros da SBBC é o amor pelo cinema.

No ano passado, participamos do Movie Bloggers Awards, que reuniu outros 16 blogueiros cinéfilos. Todos votaram em categorias semelhantes ao Oscar para eleger os melhores filmes, diretores, roteiros, etc. Veja o resultado aqui.

Além da união dos blogueiros cinéfilos em busca de divulgação e, principalmente, respeito, os organizadores decidiram dar continuidade ao Movie Bloggers Awards. Agora, a premiação dos melhores do ano apresenta um novo nome. A SBBC tem o orgulho de anunciar o Blog de Ouro. Trata-se do prêmio dos blogueiros cinéfilos para os melhores do ano no cinema (de todos os países) e na TV (neste caso, levamos as séries norte-americanas em consideração).

São 19 categorias para cinema e mais 14 para TV. Veja as 33 categorias abaixo:

CINEMA

• MELHOR FILME • DIRETOR • ROTEIRO ORIGINAL • ROTEIRO ADAPTADO • ATOR • ATRIZ • ATOR COADJUVANTE • ATRIZ COADJUVANTE • ELENCO • ANIMAÇÃO • TRILHA SONORA • CANÇÃO • FOTOGRAFIA • DIREÇÃO DE ARTE • FIGURINO • MONTAGEM • MAQUIAGEM • EFEITOS VISUAIS • SOM

TV

• MELHOR SÉRIE (DRAMA) • MELHOR SÉRIE (COMÉDIA) • ATOR (DRAMA) • ATOR (COMÉDIA) • ATRIZ (DRAMA) • ATRIZ (COMÉDIA) • ATOR COADJUVANTE (DRAMA) • ATOR COADJUVANTE (COMÉDIA) • ATRIZ COADJUVANTE (DRAMA) • ATRIZ COADJUVANTE (COMÉDIA) • ELENCO (DRAMA) • ELENCO (COMÉDIA) • MELHOR EPISÓDIO (DRAMA) • MELHOR EPISÓDIO (COMÉDIA)

A 1ª Edição Anual do Blog de Ouro considera todos os filmes e séries exibidos no Brasil no período de 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2007. Por enquanto, a SBBC tem 14 membros (que já receberam este comunicado). Quem quiser entrar para a SBBC (o que dá o direito de votar no Blog de Ouro), deve encaminhar um e-mail para ottavioalmeida@hotmail.com até 1º de dezembro de 2007. A mensagem precisa conter:

• O nome completo do blogueiro
• O nome do blog de cinema (ou TV)
• O endereço do blog de cinema (ou TV)

Em breve, enviaremos e-mails com agenda e regulamento completo do Blog de Ouro. Até lá, esperamos por mais inscrições. Clique aqui para conhecer o blog oficial da SBBC.

Blogs do dia

A quem interessar possa, dêem uma olhada no blog do amigo Osvaldo, o Vá e Veja, em http://vaeveja.blogspot.com/
Lá tem, hoje, o trailer oficial do remake Halloween do Rob Zombie.

Aproveitem, também, e dêem uma passada em outro blog amigo, do Ricardo, o Bakemon em http://bakemon.zip.net/ para ler uma pequena mas apaixonada resenha de Faster Pussycat, Kill! Kill! do mestre explotation Russ Meyer.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Blog do dia

Dêem uma passada no blog do André, o Palace Hotel, em http://photel.wordpress.com/
Lá tem, entre outras coisas, a foto da boca do vocalista do Happy Mondays, Shaun Ryder, antes de ele consertar aquilo que aparentemente eram dentes!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Oriente Médio

Empolgada que sou com o cinema "diferente" e empolgada que estou com o cinema que vem do Oriente Médio, proponho aos poucos, mas fiéis amigos que se dão ao trabalho de ler este blog que indiquem nos comentários um(s) filme(s) ou diretor(s) que gostem e que tenha(m) vindo daquela terra longínqua.
Eu vou chover no molhado e indicar o diretor Abbas Kiarostami (do Irã) e seu filme "Gosto de Cereja".
Indico também o filme "Osama" (Afeganistão) do diretor Saddiq Barmak que assisti recentemente e gostei bastante.
Grande abraço e muito grata a quem se der ao trabalho de comentar este post!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Marie Antoinette

Marie Antoinette (Maria Antonieta) - Sofia Coppola, EUA/JAP/FRA, 2006

Ontem, finalmente assisti a Maria Antonieta de Sofia Coppola. E digo assim, determinando a "dona" do filme porque é isso mesmo que Sofia é: dona de seus filmes, de suas obras. Depois de avacalhar sua carreira com um início nada promissor e bastante atrapalhado como atriz em "O Poderoso Chefão - Parte III" dirigido pelo paizão Francis Ford Coppola, Sofia se reinventou como diretora.
Começou com "Virgens Suicidas" um ótimo filme, bem dirigido, sério. Depois disso, COMETEU o absurdamente bom e para mim maravilhoso, "Lost in Translation", onde a virtuose aflorou em definitivo. Além de fazer um dos filmes mais belos sobre a estranheza do amor, conseguiu, ainda, em um mesmo momento, dirigir um ídolo seu, Bill Murray, e mostrar para o mundo o verdadeiro talento de Scarlett Johansson, que posteriormente viraria a queridinha de ninguém menos que Woody Allen.
Em apenas três filmes Sofia já mostrou a quê veio. Seus filmes são perfeitamentes reconhecíveis. A sua verve pop transborda em seus trabalhos. Música, para ela, é elemento definidor de suas ambientações. E a música aqui é sempre um pop, um rock de qualidade.
Bem, mas vamos ao filme.
Confesso que filmes históricos, como este "Maria Antonieta", que se passa na França mas falado em inglês, me irritam bastante. Respeitar a língua original, para mim, é primordial.
Assim, tinha eu, claro, um pé atrás com o trabalho.
Porém, sendo um filme de Sofia Coppola, é claro que eu tinha que assistir.
E assim como "O Pianista" de Roman Polanki (que sofre do mesmo problema da linguagem) "Maria Antonieta" me conquistou!
E me conquistou porque é pop até o talo!
Trata-se da história da última rainha da França, aquela que seria, durante a Revolução Francesa, decapitada, por, entre outras coisas, mandar o povo comer brioche na falta de pão.
E é exatamente essa Maria Antonieta que Sofia quer mostrar: fútil e alienada dos problemas reais.
Entretanto, a Maria Antonieta do filme, apesar de fútil, é sim encantadora. E não somente porque está muito bem representada pela competente Kirsten "Drunk" Dunst (que alíás eu não gosto muito), mas principalmente porque foi pensada como uma adolescente desencanada e subversiva, tão indie e maluquinha quanto a nossa Lovefoxxx!
E os elementos indies se espalham ao longo do filme, a ponto de conduzi-lo. A cena em que Maria Antonieta está escolhendo seu sapato e rapidamente aparece um All Star mostra bem isso.
O futuro rei Luiz XVI (representado por Jason Schwartzman) também está ótimo em sua insistente incompetência em cumprir suas obrigações de marido e deflorar a noiva!!
A princípio o filme pode parecer uma mera paródia feita a uma figura controversa. E acho que foi isso que levou as pessoas a se levantarem e deixarem a sala de projeção em Cannes quando da exibição do filme naquele país.
O tom pode ter sido recebido pelos franceses como de deboche. Mas não é.
Maria Antonieta, o filme, é uma obra única, de uma diretora única, que só consegue pensar o mundo através de uma visão pop e por vezes subversiva.
A intenção de Sofia Coppola, tenho certeza, não é a de agredir, mas sim de se firmar como grande realizadora que é, utilizando sempre uma linguagem mínima. Porque suas obras são realmente paradoxais: grandiosas porque mínimas, clássicas porque pop!
Hã, a história do filme? Assistam, vai valer muito a experiência!!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Sexta-feira é dia de ... Chloë Sevigny


Como nunca postei nada sobre mulher neste Sexta-feira é dia de... hoje falarei sobre uma que é também uma boa atriz.
Nascida Chloë Stevens Sevigny em Darien, Connecticut, Estados Unidos em 18 de Novembro de 1974, ela é hoje considerada a rainha do cinema independente norte-americano e rainha do movimento GLS (esse último eu não sei o porquê).
Começou a carreira em 1995 atuando no filme "Kids", de Larry Clark e Harmony Korine, este último seu namorado à época. Em 1997 ela voltaria a atuar em um filme de Korine "Gummo". Porém, entre "Kids" e "Gummo", Chloë deu seus próprios passos, atuando em, entre outros, "Crime em Palmeto", com Elisabeth Shue e "The Last Days of Disco", com Kate Beckinsale.
Finalmente em 1999 fez, ao lado de Hilary Swank, "Meninos não Choram" de Kimberly Peirce, filme pelo qual foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, que não ganhou, mas rendeu a estatueta de melhor atriz para Hilary.
Foi pelas mãos de outra diretora mulher, Mary Harron, que Chloë fez outro filme polêmico. Ao lado de Christian Bale atuou em "Psicopata Americano" filme baseado em livro ensurdecedor de
Bret Easton Ellis.
Atualmente ela pode ser vista em "Zodíaco", o novo filme de David Fincher e tem "Peter and Catherine" em pré-produção para este ano ainda.

Candy (Candy) - Neil Armfield, AUS, 2006.

Este é um filme que esperei ansiosamente para assisti-lo. Não porque achasse que era um puta filme, e tal. A curiosidade era tal por causa de "Réquiem para um Sonho" do Darren Aronofsky, outro filme a tratar do tema "drogas entre um casal apaixonado".
E como "Réquiem" é um dos maiores filmes sobre o tema (se não for o maior e melhor), a minha intenção com este Candy era saber até que ponto o filme não seria tão ruim assim.
Assisti-lo pensando em "Réquiem" torna Candy um filme decepcionante.
Mas, ao tirar o "véu de noiva" (ignorância) teorizado pelo filósofo norte-americano John Rawls de minha frente, pude assistir a um belo e envolvente filme sobre as fragilidades humanas.
É claro que Candy não chega a ser uma obra-prima. Mas é sincero e, nesta sinceridade, nos conquista.
Candyce é uma jovem pintora filha única de uma família classe média estabilizada. Candy conhece Dan, um jovem atraente e viciado em drogas que a apresenta aos prazeres químicos.
Eles se amam e juntos vivem todas a agruras da vida em comum. E a essa "vida em comum" soma-se o vício e os seus transtornos.
O filme não é nem pretende ser uma obra inesquecível. Mas convence. Principalmente a química entre Candy (Abbie Cornish) e Dan (Heath Ledger). Ambos combinam muito em cena. E aí, infelizmente, voltei a lembrar de "Réquiem" e da química entre Jennifer Connelly e Jared Leto, incríveis. E, então, o "véu de noiva" de John Rawl se impôs novamente em mim.
O filme acabou e pouca coisa ficou.
Mas valeu a pena. Por breves instantes, mas inesquecíveis instantes.

Tillsammans

Tillsammans (Together/Bem-Vindos) - Lukas Moodysson, SUE, 2000.

Outro grande filme do cara que eu falei aí em cima. Só que este é uma comédia divertidíssima sobre um grupo de hippyes no meio da década de 70 que se vêem obrigados a receber em sua comunidade a irmã de um deles, acompanhada de seus dois filhos quase adolescentes.
Com a nova convivência, a confusão está armada. Tanto os novos moradores da comunidade quanto os originários terão de abdicar de alguns preceitos para que a ordem seja completa. Ordem baseada na anarquia, é claro.
Ótimo filme que mostra os desejos e intenções de um grupo de pessoas em meio a uma Suécia e uma Europa em profunda mudança econômica e política.
É comédia, mas é bem séria!

Fuking Ämäl

Fuking Ämäl (Amigas de Colégio) - Lukas Moodysson, SUE, 1998.

Assisti novamente a Fuking Ämäl, filme de Lukas Moodysson, um dos mais promissores diretores atuais de origem sueca.
Já falei aqui sobre minha admiração pelo cinema europeu, sobretudo pelo cinema nórdico. Suécia, Finlândia, Dinamarca...enfim, países tão ermos para nós brasileiros, mas que me encantam muito. Adoro assistir filmes que vêem de lá e da Rússia. Acho que é porque são paisagens e culturas tão diferentes da nossa! E isso me encanta, conhecer o novo (ao menos para mim), o diferente.
Mas vamos ao filme.
Este é um filme sobre adolescentes. Mais do que isso, sobre adolescentes confusos. E tudo o que esse período da vida pode trazer de bom e ruim ao mesmo tempo.
Agnes é uma menina tímida e introvertida, nova na cidade, com dificuldades extremas de relacionamento. Sua única amiga é uma deficiente física que ela nem gosta tanto assim. Mas Agnes tem um segredo: é perdidamente apaixonada pela garota mais popular do colégio, Elin, que não lhe dá a mínima bola. Afinal, Elin é hétero.
Porém, por conta do acaso e de uma brincadeira de muito mal gosto, Elin acaba beijando Agnes. E o que parecia um sacrilégio, vira amor.
O filme é delicado, bonito. Deixa bem claro que os problemas adolescentes são praticamente os mesmos em qualquer lugar do mundo.
O final é bastante empolgante.
Vale a pena assisti-lo para conhecer o ótimo Lukas Moodysson e viver uma experiência incrível.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Aos meus caros e poucos amigos que se dão ao trabalho de ler este blog.
Devo informar que estou um pouco afastada das funções esta semana por conta dos loucos compromissos que tenho comigo mesma. Estudar, estudar, estudar.
Saibam todos que sou concurseira.
Pois é, estou na batalha tentando um emprego estável e que me traga uma certa liquidez. Só assim poderei sobreviver neste mundo de meu Deus e, claro, porque ninguém é de ferro, adquirir as minhas preciosidades cinematográficas que tanto amo!
Desta feita, informo-lhes (ao menos a quem interessar possa) que estou no meio do processo de estudo para três concursos!!! Por isso, esta ausência.
Mas peço, por obséquio: não me abandonem! Tenho três filmes para comentar esta semana, ainda (eu disse que ninguém é de ferro!). Devo fazê-lo até sexta.
E assim, como sou brasileira e não desisto nunca, espero por vocês já, já.
Grande abraço.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Assistindo...

Zoolander (Zoolander) - Ben Stiller, EUA, 2001.

...e achando muuuito bom!!!!!

Last Days

Sabe o que era mais interessante em Kurt Cobain? Sem dúvida a sua dualidade.
Se em cima de um palco ele era absolutamente agressivo, voraz, tão roqueiro que virou um clichê dele mesmo, longe das luzes ele era doce e ingênuo. Quem já leu alguma biografia sua sabe disso.
Sua dependência e seus problemas com drogas e, principalmente, heroína, surgiram mais para aplacar a sua incurável dor de estômago do que como resultado do ambiente em que cresceu. Nascido na cidade de Aberdeen, o que se poderia chamar de algum lugar meio esquecido do Estado de Seattle, o ídolo que aprendemos a idolatrar teve uma infância pobre e problemática. Após a separação dos pais, Kurt morou com vários parente e amigos. Era o tipo de pessoa que dormia em qualquer sofá que lhe oferecessem. Desde muito cedo interessou-se por música e guitarras. Sua genialidade (ou loucura?) formou-se a partir da adolescência, quando começou a demonstrar seu interesse pelo kirsch, pelo brega, pelo feio.
Vítima, talvez, desse ambiente sem controle, Kurt, apesar de tudo isso, mostrou ser uma pessoa doce. Com sérios problemas, mas doce.
Demorou muito para experimentar drogas pesadas. E o fez, como já mencionado logo acima, mais para aplacar a sua dor de estômago do que para fazer parte do todo rock and roll ao qual passara a pertencer. Afinal, Kurt era outsider e não precisava imitar ninguém, nem mesmo seus ídolos. Hoje já se sabe que Kurt Cobain tinha um problema congênito, uma veia na parede de trás de seu estômago era constantemente pressionada por uma costela, o que gerava as dores intensas e o seu desespero. Ironia: talvez se soubesse disso, teria se preservado. Não, acho que não!
Enfim, um gênio ou um louco que deu cabo da própria vida porque não aguentava mais viver a fama e o sucesso? Não sabemos hoje e talvez nunca saberemos. A única certeza é a da sua importância para o rock and roll e para o meio pop.
Falei tudo isso aí em cima só para dizer que assisti ao filme do Gus Van Sant, Last Days, e gostei,
Gostei, principalmente, porque o Blake do filme (ligeiramente inspirado em Kurt, segundo o próprio diretor) é doce, muito doce. Doce mesmo estando em um estado letárgico e planejando suicidar-se.
O filme foca os últimos três dias de vida de Kurt, ops, Black, um astro do rock que não suporta mais a vida que leva. Após fugir de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, volta para sua mansão, onde fica por volta de três dias até ser encontrado morto pelo seu jardineiro.
E é exatamente esses últimos três dias de vida do Kurt que ninguém sabe até hoje exatamente o que aconteceu.
A interpretação que o diretor Gus Van Sant deu aos últimos três dias não é inovadora. Não trouxe nenhuma informação extra. Mostrou apenas aquilo que se concluiu ter acontecido após uma investigação policial. E o que o Kurt fez nesses últimos três dias de vida? Está lá, no filme, na figura frágil de Black, divinamente interpretado por Michael Pitt.
Se eu gostei do filme? Gostei, gostei muito. Não é um filme fácil de digerir. As cenas são demasiadamente lentas. Mas é um trabalho autoral, bem centrado e muito digno do diretor Gus Van Sant.
No entanto, apesar de ter gostado bastante do filme, ainda tenho como sonho de consumo assistir à vida de Kurt Cobain contada pelo excelente Milos Forman, filmografista de primeira. Quem sabe um dia??????


sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Assistindo...

Last Days (Últimos Dias) - Gus Van Sant, EUA, 2005.

Estou assistindo Last Days, na segunda-feira falo sobre ele. Mas já adianto que é um filme difícil de digerir. Mas estou gostando.

Sexta-feira é dia de ... Ralph Macchio


Nascido Ralph George Macchio em 4 de novembro de 1961, em Long Island, EUA, este é o meninão que foi o herói dos adolescentes hoje na casa dos 30 anos.
Ao lado de Pat Morita portagonizou, a partir de 1984, a série de grande sucesso Karatê Kid, da qual participou de três filmes (houve um quarto filme, mas este já não contou com o nosso herói).
Para quem pensa que Ralph foi astro de um filme só, isto não é verdade. Obviamente que seu maior sucesso foi a série Karatê Kid, mas ele fez outros filmes bons. Incluem-se nessa lista, entre outros, "Vidas sem Rumo", filme de 1983 que revelou muitos astros, "Encruzilhada" de 1986 e "Meu primo Vinny" de 1992.
Seu último trabalho foi em 2006, com o filme "Beer League".
A foto aí em cima é mais ou menos atual, e o meninão, já se pode dizer, virou um tiozinho simpático.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Essa não!!!!!!


Sir Elton John quer acabar com a internet! Como assim???
Segundo reportagem da Folha, o arauto da música quer fechar em definitivo a internet porque ela está "destruindo a indústria musical e as relações interpessoais".
Ainda segundo a reportagem, o malucão beleza da inglaterra afirmou que a "Internet fez com que as pessoas deixem de se comunicar e se encontrar e evitou que coisas fossem criadas. Em vez disso, (os artistas) se sentam em suas casas e criam seus próprios discos, que algumas vezes são bons, mas que não têm uma visão artística a longo prazo".
Será que sou só eu que tenho essa impressão ou a música e a cultura em geral melhorou muito depois da internet?
Musicalmente falando, o que seria do mundo pop-indie se não fosse a "revolução" perpetrada pelo The Strokes depois do advento da internet? Será que teria surgido tantas bandas e tantos conceitos se ainda estivéssemos escravizados pela cultura das majors?
Em termos legais e jurídicos, realmente a internet virou o mundo de cabeça para baixo. Mas é notório que depois dela, adoradores da cultura pop em geral adquiriram mais liberdade e possibilidades de escolhas.
Se antes nós ficávamos à mercê da grandes gravadoras, tendo acesso somente àquilo que elas nos apresentavam e a um preço exorbitante, hoje, música e cinema, por exemplo, estão ao alcance de nossos dedos. E o nosso poder de escolha ficou infinitamente maior, porque hoje, se baixamos uma banda nova da qual não gostamos, deletamos do nosso computador e de nossa mente. Antes, o novo só nos era apresentado via gravadora. E pagávamos por isso. Ou seja, gostando ou não gostando da banda, ela ficaria conosco para sempre, repousando em uma estante qualquer. Hoje não. Se gosto, ouço, se não gosto, ignoro, sem ter o peso na consciência de ter pago uma fortuna por isso.
E aí, Sir Elton John afirma que é exatamente neste ponto que a indústria cultural foi abalada. De fato, vender disco hoje é mais difícil. Mas nem por isso as bandas deixaram de ser adoradas. Pelo contrário, o culto à música só cresceu. E meu caro amigo Sir Elton John, o mundo mudou, todos nós mudamos. Nada mais simples, então, que a arte também mude!
A reportagem completa está no site da Folha de São Paulo, no link abaixo:
link


quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Dois novos indies

E vem aí dois novos filmes de diretores indies e hypados.


O primeiro filme é do diretor de Donnie Darko, Richard Kelly, a ser lançado em 9 de novembro nos Estados Unidos.

O filme se passa no feriado de 4 de julho de 2008 em Los Angeles e, como não poderia deixar de ser, trata do caos econômico, social e ambiental que se instalará na cidade. Conta com a participação de The Rock como um astro de filmes de ação que está com amnésia e, ao que tudo indica, tentará salvar o mundo. Gosto de Donnie Darko, gosto do diretor, mas confesso que esse elenco me deu medo!!!

O outro filme é do não menos hypado Wes Anderson, o malucão por trás de Os Excêntricos Tenenbaums e A Vida Marinha de Steve Zissou.

Nele, Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman são três irmãos que partem para uma jornada espiritual pela Índia. A sua pré- estréia será no Festival de Nova York, entre 28 de setembro e 14 de outubro deste ano.

Esperemos, então.