sábado, 27 de março de 2010

É possível superar tão lascinante dor?
O amor destroi, ou só fere um pouquinho?
Amor mata, ou só destroi um pouquinho?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Incrível como esse crime contra o cartunista Glauco parece o filme Funny Games!

terça-feira, 9 de março de 2010

Viver resume-se a fingir. Definitivamente. E fugir. Sempre.

domingo, 7 de março de 2010

Precious: Based on the Novel Push by Sapphire (Precious: Uma história de esperança) - Lee Daniels, EUA, 2009.

Vamos nos despir de todo e qualquer preconceito. Gente, as tragédias existem! E embora as escondamos embaixo do tapete, elas estão lá, guardadas, escondidas, porém, vivas e pulsantes, esperando o momento de se manifestarem. Por preconceito, não aceitamos o que somos e, pior, o que os outros são. Fingimos, às vezes, que somos descolados e que já vivemos de tudo a ponto de aceitar todas as "esquisitices" do mundo. Os esquisitos somos nós todos, humanos desumanos que não aceitamos o ser humanos com todas as suas diferenças! Somos diferentes não porque queremos ou escolhemos trilhar caminhos difíceis e pontuados pela marginalidade que persegue as "minorias". Somos diferentes simplesmente porque ninguém é absolutamente igual, a não se aqueles que insistem em se parecerem com alguma coisa ou alguém.
Precious é um filme especial e, assim, como o teatro para loucos do lobo da estepe, para poucos. Somente para aqueles que pretendem buscar compreender a vida sem preconceitos, mas aceitando que eles existem e fazem parte de cada um de nós.

O Oscar, infelizmente, é uma festa grandiosa. E como tal, premia os grandiosos. Assim, os "pequenos" em um ano como este, com dez indicações de melhores filmes, talvez sejam preteridos. Mas não se deixem enganar, a força do cinema enquanto entretenimento está em Avatar e Guerra ao Terror (talvez os grandes vitoriosos da noite), mas a força da arte enquanto forma voltada para a discussão do real estará representada nos "pequenos" e melhores da noite de hoje Precious e A Serious Man.

Gabourey Sidibe é a anti-imagem do glamour e protóripo de mulher hollywoodiana. Não deve ganhar o Oscar esta noite, mas merecia, porque é uma atriz maravilhosa. É dela uma das maiores cenas do cinema do ano de 2009, o momento em que ela, pela primeira vez, expõe para sua professora e colegas de classe e para si mesma todos os seus problemas até então negligenciados: incesto, gravidez, aids, humilhações e, por fim, a sua descrença no amor. Linda e emocionante a cena.
Mas confesso que, só por ter ido pessoalmente receber seus dois Framboesas de Ouro, Sandra Bullock já merecia ganhar qualquer coisa no Oscar deste ano.