domingo, 11 de outubro de 2009

Gostaria de sair, por completo, do meu corpo físico, por alguns instantes, e me observar...Devo ser patética... Disfuncional sei que sou! Disfuncional, distraída, incomodada na minha existência... É bem difícil, às vezes, esconder o que de fato se é. O corpo, a matéria são as coisas visíveis em mim. Minha mente, poucas pessoas conhecem de fato. Quem me conhece, de fato, gosta bastante de mim. Afinal, apesar das minhas explosões emocionais, sou bacana... e do bem. Mas ando bastante incomodada com as poucas pessoas que me conhecem mesmo e que gostam de mim. São todas muito diferentes de mim. Culturalmente, principalmente. É difícil gostar de coisas que as pessoas mais próximas sequer se tocam que existem. O mundo aí fora é bem grande. E a casquinha em que vivemos, todos nós, é bem limitada. Já dizia Hermann Hesse, em um dos seus maravilhosos livros, não sei bem qual, acho que foi no "Demian", se não me engano: para se conquistar o mundo, há que sair da casca; e para sair dela, há que quebrá-la. Me sinto bem sozinha nas minhas loucuras e viagens pop-culturais. Por perto, ninguém gosta de cinema-arte como eu gosto...Ninguém gosta de literatura como eu gosto...enfim... Não tenho com quem conversar a respeito de artes em geral.
Estou sozinha e escutando "Dois" do album Sweet Jardim da Tiê. Porque estou deprê e no momento interajo comigo mesma.

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