segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Buda as sharm foru rikht (E Buda desabou de vergonha) - Hana Makhmalbaf, IRÃ, 2007.

É um filme que espelha a diferença surreal que hoje separa o ocidente do oriente. Trata-se de uma pequena fábula sobre uma menininha afegã que inicia uma jornada (literal e fisicamente) em direção à uma escola só para meninas, do outro lado do rio. No caminho ela se depara com a intolerância (humana e sobretudo masculina comuns a tais sociedades) e com os desígnios de um povo fundamentalista baseado em dogmas desumanos inseridos como cancros bem no ventre
da sociedade médio-oriental e que alimenta o ódio pelo nada que por ventura nem conhecem. É um pequeno-grande filme que conta uma história inserida na história atual do Afeganistão. Não que sejamos a favor do imperialismo norte-americano e da massificação ocidental e simplesmente críticos cegos desta sociedade médio-oriental. Muito longe disso. Mas aceitar sociedades injustas movidas pelo ódio puro e simplesmente, desprovidas de qualquer humanidade, é algo inconcebível até. Aqui, então, os Estados Unidos (e sua hipocrisia niveladora de idéias) até poderiam ser os mocinhos.

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