Dia desses assisti a dois filmes lindíssimos. Líricos, emocionantes e... tristes. Insanamente tristes. Um anjo em minha mesa (An angel at my table) de Jane Campion, de 1990, e Ninguém pode saber (Dare mo shiranai) de Hirokazu Koreeda, de 2004, são dois exemplares de como a vida é difícil para aqueles que, desde o nascimento, já sentem o peso da rejeição. Rejeição inerente à sua condição humana, qualquer rejeição, mas que transforma, deixa marcas, ensina novos métodos de proteção em relação a esse mundo cruel e, por fim, torna-se amiga, companheira, partner pela vida toda.
Acho que o que me tocou nesses filmes, além de belamente dirigidos, com histórias verídicas tocantes, foi mesmo o traço da rejeição. Ela também me persegue. Me acompanha. Me faz mudar às vezes. Me deixa mais dura, quiçá cruel.
A identificação com as persogens é imediata. A miserabilidade humana está lá e, não se iludam, está cá, em cada um de nós, em cada uma de nossas ordinárias vidinhas burguesas.
Assitam e tirem suas conclusões.
Abaixo os filmes de que falei.
UM ANJO EM MINHA MESA (AN ANGEL AT MY TABLE) - Jane Campion, NZEA, 1990.
NINGUÉM PODE SABER (DARE MO SHIRANAI) - Hirokazu Koreeda, JAP, 2004.
2 comentários:
Vou confessar para vc que é minha amiga, Jamile: eu também sofro com um baita complexo de rejeição.
É dureza.
beijo
Eu sofro com o complexo de rejeição e com a rejeição dos outros.
Postar um comentário