quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ética, ou a falta dela...

Ética, embora romântica, não pode ser dissociada da existência mundana. Ela é necessária para que o cosmo mantenha seu equilíbrio: em consonância com os atos divinos e desarmônico por si só.
Vai lá, no Brasil ética é algo deveras escasso, raro, longínquo, irreal, divino até, e dissonante da vida social.
Porra, mas eu sou ética, honesta e intensa. Será que dá para as pessoas serem assim comigo, também?
Cansei de discurso demagogo e de falsa moral! Sejamos honestos, oras.
Estava prestes a assumir um cargo que há muito quero e corro atrás: professora titular de direito internacional.
A faculdade me chamou às pressas porque a professora titular da matéria iria embora para Coimbra e eu precisava assumir. Aceitei, é claro. Ok. Era segunda-feira. Deveria começar já na quarta-feira. A espera era apenas por um telefonema da coordenadora, confirmando tudo. Esperei. Terça-feira, nada. Quarta-feira, nada. Liguei para ela. Nada resolvido ainda. Quinta-feira, nada. Sexta-feira, nada. Sábado, domingo. Segunda-feira, terça-feira e, finalmente, quarta-feira, com uma semana de atraso: outro professor assumiu no meu lugar. Fiquei sabendo porque EU liguei para a coordenadora e perguntei o que estava acontecendo. "Acontecendo? Nada, não. É que eu me esqueci de avisar que a faculdade resolveu colocar outro no lugar vago, sabe como é, ano eleitoral e tal..."
Ano eleitoral o cacete.
Falta de ética e responsabilidade sim.
Tenho dito.

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