quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Control

Control (Control) - Anton Corbijn, ING/EUA, 2007.

Finalmente assisti a este que era um filme muito esperado por mim. Tinha me prometido que iria ler o livro "Touching from a Distance" de Déborah Curtis antes de assistir ao filme mas não consegui tal proeza, uma vez que faz um século que procuro o título no Brasil e este encontra-se esgotado. Sem qualquer previsão de relançamento. Procurei em sebos, também, na internet, junto de adoradores do Joy Division. E nada! Nada!
Então, o que fazer, aventurei-me primeiro no filme. Um dia talvez leia o livro.
Confesso que gostei do filme. Sabe aquela sensação "pô, esperava mais", etc, etc,? Não tive. Exatamente o que eu esperava do filme estava lá. Só não entendi muito bem a opção estilística do diretor Anton Corbijn em adotar o P&B. Tive a sensação de que em alguns momentos faltou cores. Principalmente no começo, quando nos deparamos com um improvável Ian Curtis glam, fã confesso de David Bowie.
A história contada no filme não é novidade para ninguém. Está tudo lá, tintim por tintim, sob a ótica, claro da esposa Déborah, uma vez que o roteiro foi inspirado em livro seu. Portanto, espere um filme totalmente chapa branca, sem arroubos ou novidades.
Ian era depressivo sim. Como todos sabem. Entretanto, o filme não demonstra bem isso. Ao final, quando do suicídio fica a sensação: mas porque ele se matou? Nem tinha tanto motivo assim. Até porque, do início até o meio, o Ian que nos é apresentado é um rapaz bastante agradável, até. É claro que, depois, em face da convivência com uma doença nova em sua vida, a eplepsia, e o casamento burocrático com a chatinha da Déborah, Ian passa a ficar deprimido e desenvolve, inclusive pânico pelos palcos. Mas sinceramente, não consegui visualizar nada que o levasse ao extremo do suicídio. A vida é dura sim, e como dizem aqui no interior, a rapadura é doce, mas não é mole, não.
O filme é interessante para aqueles que não conseguiram ler o livro, tenham acesso a um ponto de vista da vida desse que é um dos maiores ídolos das gerações contemporâneas.
É interessante, também, assistir a algumas cenas já apresentadas em "24 hours party people", mas desta vez sob a ótica não mais do Tony Wilson, mas do próprio Joy Division.
É um filme, com certeza, obrigatório para a molecada que hoje curte Interpol, Editors, She Wants Revenge, Cut City, The Cinematics, The Mary Onettes, The Orders, etc, etc, etc.
Apesar de ter gostado, continuo minha campanha, a exemplo de Last Days (Kurt Cobain), pelo Milos Forman. Acho que este diretor sim faria uma filmografia à altura que o ídolo Ian Curtis merece. E aproveitando o espaço e o hype em torno de Manchester, peço que alguém se lembre de Stone Roses e também lhe façam uma filmografia à altura de sua importância.
Grande abraço a todos.

4 comentários:

Osvaldo Neto disse...

Estou ansioso p/ ver. Ele irá passar em mostra especial de fim de ano numa de minhas salas favoritas daqui de Recife. :)

Diário de Dois Cinéfilos disse...

Opa, tudo bom?

Sou da SBBC assim como você, então resolvi passar aqui para dar uma olhada...

Ainda não vi esse filme, mas me interessei bastante..

Cara, você se importa se eu te linkar?

Rodrigo

Anônimo disse...

que nada rodrigo, fique a vontade para me linkar, farei o mesmo com você pois gostei bastante de seu blog.
grande abraço.

Anônimo disse...

dae, osvaldo. assista sim, sei que valerá a pena.
grande abraço.